segunda-feira, agosto 18, 2014

ARTIGO: ARARIPINA REFÉM DA BANDIDAGEM 2


Depois de assistir cenas que não me é habitual em momentos de tristeza, dor, partida e melancolia, cenas como diz em uma de suas colunas Reinaldo Azevedo da Revista Veja – “de manifestação inequivocamente política”, com queima de fogos de artifícios (quase 15 minutos), uma micareta política - voltamos a nossa realidade (para não abusar do assunto e não dissertar sobre temas como dinastia, linhagem política, coronelismo e  continuísmo).
Quero mais uma vez falar de um tema já abordado aqui pelo editor deste caderno alternativo – SEGURANÇA – em um artigo intitulado “ARARIPINA REFÉM DA BANDIDAGEM” já fora esplanada a nossa opinião e infelizmente nada mudou.
Interessante disso tudo que virou celeuma com a morte do Comerciante Mazinho, vítima de latrocínio, foram às postagens alternadas dos internautas nas redes sociais ambos em lados opostos da discussão, que também virou inequivocamente um bate boca político (ou politiqueiro), quando todos deviam encontrar soluções.
Um saiu com o argumento de que a polícia tem que tomar uma medida urgente para capturar os bandidos (que estavam de capacetes) e fazer justiça. Primeiro: se os bandidos forem menores já sabemos o que vai acontecer. Segundo: Não é só capturar “esses bandidos especificamente”, é preciso além de uma discussão para se chegar a um PACTO PELA VIDA, tornar esse compromisso em realidade e como o artigo que publiquei em fevereiro de 2014, refletindo a minha insatisfação com a nossa segurança pública (que é uma obrigação do Estado), pelo que pude perceber os índices de assaltos e violência só aumentaram. Inclusive moro numa zona perigosa que fica entre os logradouros da Canastra, Etelvino Lins, Demóstenes Simeão e Henrique Alves. Roubos nesses locais são constantes. Então, é fato. 
Terceiro: Em oitivas realizadas, muitos acreditam que como os Black Blocs – aqueles que se reúnem em manifestações violentas – os nossos assaltantes são protegidos pelo capacete, que impede de serem identificados. O que pode ser feito nesse caso? Com a palavra, quem entende de lei.
Agora a preocupação do prefeito, dos vereadores, do Ministério Público, do Procurador Geral da Justiça, da Polícia Civil, da Polícia Militar é pertinente, só não tem transformado a discussão em ações concretas. E de discursos vazios e sem compromisso, principalmente do nosso mandatário municipal, estamos todos fartos. E é muito cômodo para os porta-vozes do poder municipal, querer transformar a discussão em mais uma historinha de faz-de-conta, em que números, estatísticas e tantos blábláblás, servem apenas de artimanhas para contemporizar.
Estamos todos com medo, desarmados, cercados e inseguros. A realidade não é essa bandeira erguida pelos conterrâneos favorecidos pelos benefícios de uma administração pífia. E mesmo que hão de dizer que o compromisso com a nossa segurança não é da alçada municipal, mas ele é o nosso intermediário, a ponte, o elo, com o governador para reivindicar melhorias nesse sentido para a sociedade que lhe elegeu.
Avançamos muitos nos métodos agressivos que somos constantemente vitimados. De furtos, roubos e agora latrocínios, seremos futuramente vítimas de milícias que nos cobrarão a nossa liberdade, quando na verdade já estamos expostos a isso. Além de um comércio estagnado, o comerciante ainda precisa dividir, porque não dizer entregar todo o seu lucro a um bandido. E os impostos, os altos impostos que pagamos? Reuniãozinha meus camaradas, não resolverão. E o medo de ter medo da própria polícia? Eis outro dilema, que também é um resquício de toda insegurança que agora nos leva a não acreditar nem mais, naqueles que são pagos para garantir a nossa segurança.
E as empresas de segurança que pagamos por fora para nos vigiar? Somos obrigados a confiar. Sei lá, se não existe um acordo entre eles e os famigerados malfeitores? Não quero ser mal interpretado, só sofro da síndrome de desconfiança. Não acredito mais em nada, pois somos órfãos do Estado.


Postar um comentário

Blog do Paixão

Whatsapp Button works on Mobile Device only

Start typing and press Enter to search